sábado, 8 de agosto de 2009

KOSHERPÉDIA

BS"D

ABRAHAM ABÍNU - Abraão, nosso pai.
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HASHEM - D'us, o Criador. Substituímos o nome sagrado de D'us (I-H-V-H, ADO-NAI) por Hashem quando lemos o texto sagrado fora da sinagoga.
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MOSHÊ RABÊNU - Moisés, nosso mestre.
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SHABAT - O dia sagrado de descanso. Começa com o surgimento da primeira estrela, sexta-feira à noite, e com o surgimento de três estrelas na noite de sábado.
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SHEMÁ - Keriat shemá ou shemá Israel: A principal oração israelita; a declaração da unidade do Criador. É rezada de manhã e à noite;
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TORÁ - Instrução, doutrina; a lei Divina.
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TZADIK - Justo; um homem que se destaca por sua espiritualidade e boas obras. O mesmo que santo.
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quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Êkeb

Êkeb significa 'se'. Perceba que a palavra parece com 'akeb', que significa 'calcanhar, e isso nos remete à parashá de vaet'hanan, onde moshê rabênu nos ensina a não 'escolher' entre as mitzvot. Não considerar uma mitzvá 'pequena' ou 'grande', pois há umas mitzvot que parecem tão simples, que simplesmente passamos o akeb por cima.

Nessa parashá, estudamos que Hashem nos abençoa quando guardamos as mitzvot. Nós ocidentais temos o costume de em tudo pôr a culpa em algo, e sempre perguntamos: 'por que isso aconteceu?','porque coisas ruins acontecem com pessoas boas?', e assim vai. Mas, como nós vimos na parashá de debarim (viu como uma parashá leva a outra?), diante dessas situações nossa resposta deve ser ekhá (como?) e não 'por que'. Igualmente, quando muita gente lê esse texto quer fazer negócio com D'us: 'Eu vou fazer isso e espero que D'us me abençoe'. Mas não é assim que as coisas funcionam. Nós devemos cumprir as mitzvot, e confiar em Hashem. Com D'us não se negocia!

A parashá de êkeb continua recordando a tragetória dos israelitas no deserto e também trás a segunda parte do shemá (vehaiá im shamoa - deut. 11).

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Tu beAb

B"H

Enquanto o dia 9 do mês de ab é um dia de tristeza porque vários acontecimentos trágicos ocorreram nesse dia, em contrapartida, o dia quinze (valor numérico das letras tet e vav: tu), do mesmo mês é um dia muito alegre porque várias coisas boas aconteceram nesse dia. Por exemplo:

* Nesse dia deixaram de morrer as pessoas no deserto, depois do relatório dos espiões (que ocorreu em Tisha beAb);

* Os casamentos entre pessoas das outras tribos e da tribo de benjamin foram permitidos, depois do desastre narrado no fim do livro dos juízes (shofetim)

* Os mortos do genocídio de Betar puderam ser enterrados, etc.

Então, esse dia sempre é lembrado com simhá (alegria), embora não haja nenhuma lei específica para esta data.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Tehilim (Salmos)

B"H

Há um poder espiritual sobrenatural por trás da leitura dos tehilim (salmos), parte fundamental do tanakh, a bíblia judaica. Pessoas de diversas religiões lêem os salmos em busca de auto-ajuda e conexão com o Criador.

Os salmos ocupam um lugar fundamental dentro da liturgia judaica.

Antes da leitura dos salmos, costumamos dizer:

lekhu neranená lAdo-nai, naria letzur Ish'ênu. nekademá panav betodá, bizemirot naria lo. Ki E-l gadol Ado-nai, umélekh gadol al col elohim.

(Venha, cantemos ao Criador! jubilemos ao rochedo da nossa salvação.Apresentemo-nos diante deles com louvor, e celebremo-lo com salmos.Porque o Criador é D'us grande, e Rei grande sobre todos os deuses)

E depois da leitura:

Mi iten miTzión ieshuat Israel; Beshub Ado-nai shebut amó, iaguel Iaakob, ismah Israel. Uteshuat tzadikim meAdo-nai mauzam beet tzará. Vaiazerem Ado-nai vaiefaltem. Iefaltem mereshaim veioshiem ki hássu bó.

(tradução aqui)

É bom ler os salmos diariamente, ou pelo menos em situações especiais. Essa página do blogkosher se dedica a propagar a leitura dos salmos e seus poderes espirituais. Fique ligado!








segunda-feira, 3 de agosto de 2009

O Hafetz Haim e Árvore da Vida


Estamos no tempo da Revolução Russa, e os revolucionários haviam entrado na cidade onde o grande mestre hassídico, rab Isroel Meir, o 'Hafetz Haim' morava. Eles logo criaram um tumulto, soltando todos os criminosos da prisão, inclusive um famoso ladrão e assassino chamado Moshe. Usando ameaças e intimidação, logo Moshe tornou-se uma pessoa poderosa na cidade. Um dia, quando o Hafetz Haim estava caminhando com dois de seus alunos, Moshe estava vindo em sua direção. O Hafetz Haim olhou bem para ele e disse, "Shabat Shalom, Moshe, " ao que Moshe respondeu, "Shabat Shalom, meu Mestre." O Hafetz Haim então disse, "Talvez você queira se juntar a nós para a terceira refeição do Shabat?" Moshe respondeu, "Eu já fiz a terceira refeição," mas o Hafetz Haim insistiu novamente dizendo, "Bem, talvez você venha conosco assim mesmo."

Então Moshe compreendeu que o Hafetz Haim tinha algo importante a lhe revelar, e concordou em ir com eles.

Quando chegaram na casa, o Hafetz Haim fez com que seus alunos se retirassem, para que pudesse ficar a sós com Moshe. Mas os alunos deixaram a porta entreaberta, a fim de escutar a conversa.

O Hafetz dirigiu-se ao criminoso e disse, "Moshe, quero lhe ensinar uma palavra da Torá". Moshe respondeu, "O que me importa a Torá?" Mas o Hafetz Haim continuou, "Moshe, por favor escute. Está escrito no começo da Torá: 'E Deus plantou um jardim no Éden.' Por que Deus tinha que colocar a Árvore da Vida propositalmente no meio do Jardim? Porque se a Árvore da Vida estivesse em um canto do Jardim, a distância até a Árvore a partir de um dos lados seria maior do que de outro. Assim, Deus a colocou no meio, para que a distância até a Árvore fosse igual a partir de todos os lados."

E prosseguiu, "Depois do Shabat, estarei partindo. Você e os revolucionários prometeram dar comida e abrigo a todos nesta cidade. Mas até agora, vocês não fizeram nada a não ser causar problemas. Eu mesmo forneço alimento para 42 famílias. Quando eu me for, quem os alimentará? Foi por isso que lhe contei sobre a Árvore da Vida no Jardim, que é acessível por todos os lados no Mundo Vindouro. Se você me prometer que dará comida a todas as famílias, eu lhe prometo que você alcançará a Árvore da Vida."

Moshe respondeu, "Eu concordo, meu Mestre. Eu prometo. Negócio fechado!" Então Moshe se foi, e viu que os alunos haviam escutado o que ele dissera. Ele disse aos alunos, "Se houvesse mais mestres como ele no mundo, não precisaríamos de uma revolução!"

Isto nos ensina que literalmente qualquer um pode alcançar a Árvore da Vida, que se encontra no meio do Jardim do Éden; é um mérito que temos. O Rav, assim como o Hafetz Haim, não se importa nem um pouco com o que uma pessoa possa ter feito no passado. O importante é como cada um de nós pode alcançar a Árvore da Vida.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Tishá beab

Nessa quinta-feira, dia 30 de julho, foi o dia nove do mês de ab, o dia mais 'pra baixo' do calendário judaico, onde os espias trouxeram um relatório negativo de Éretz Israel, os dois templos foram destruidos, entre muitas outras coisas na história judaica, sendo essa dia um dia de jejum e tristeza para os judeus, mas representa também uma esperança, pois quando o messias vier, esse dia se transformará em uma grande festa para nós.

Veja mais em:

http://www.chabad.org.br/datas/Tisha_beav/index.html

http://www.jewishbrazil.com/tishabeav.htm

Vaet'hanan

OBS.: O primeiro shabat depois de tishá beab se chama shabat nahamu, o shabat da consolação, para nos consolar da destruição do templo sagrado.

A palavra vaet’hanan significa ‘e supliquei’. Refere-se isso à súplica de Moshê rabênu para entrar na Terra Santa. Coisa interessante, é que o valor numérico da palavra vaet’hanan é 515, e, segundo o midrash, Moshê rogou ao Criador 515 vezes, de maneiras diferentes para que Hashem voltasse atrás na sentença. Haja oração!

Moshê, como um grande tzadik, não queria entrar em Éretz Israel para fazer turismo, ele queria mesmo era se impregnar da santidade daquela terra. Além disso, há mitzvot que só podem ser cumpridas lá, e por isso Moshê queria tanto entrar lá.

Além disso, essa parashá desce o pau na abodá zará (idolatria), uma das coisas que Hashem mais odeia, e relembra a revelação da torá e os dez mandamentos, associados com as dez sefirot místicas, só que dessa vez, com a palacra shamor (guarde) em vez de zakhor (lembre), quando se refere ao shabat. Como sabemos, zakhor se refere a fazer tudo para que o shabat seja diferente dos demais dias. Por exemplo, recebendo-o como se recebe uma rainha, enquanto shamor refere-se a ter cuidado em não fazer nada que seja proibido nesse dia.

A parashá de vaet’hanan culmina com o Shemá Israel, declaração fundamental da fé judaica, pois trata da unicidade absoluta do Criador.

Continua, bli néder, no próximo vaet’hanan.